Com jogos de dados, boliche e de argolas, os alunos da professora Luciane Ribeiro, da EMEF Professor Raimundinho, em Marabá, no Pará, aprenderam mais sobre as estratégias de cálculo, os números e as operações, como adição, subtração e multiplicação.
Uma radiografia do que a turma sabe: Luciane propôs algumas situações problemas para levantar o que seus alunos do 4º ano sabiam. O resultado foi que a maior parte deles tinha dificuldades com operações matemáticas básicas, alguns sequer relacionavam os números à quantidade correspondente.
Aprender para ensinar: com o objetivo de superar essas dificuldades, Luciane elaborou uma sequência didática utilizando o contexto dos jogos. Para fazer isso, ela aproveitou as leituras e discussões realizadas nos encontros do Grupo de Estudo Pedagógico Aperfeiçoando o Conhecimento (Gepac), instituído na escola em 2009.
Jogo de dados: foi o primeiro a ser trabalhado em sala. As crianças registravam a pontuação obtida e calculavam quantos faltavam para obter 10 pontos ou quanto o resultado já havia ultrapassado esse valor. É fundamental prever algumas aulas para a turma se apropriar das regras e estratégias envolvidas.
Jogo do boliche: com esse jogo, a turma explorou a multiplicação, a tabuada e a representação de expressões numéricas. A professora atribuiu diferentes pontos às cores das garrafas, que variavam de acordo com as dificuldades que os alunos precisavam superar.
Jogo das argolas: possibilitou que os estudantes fizessem cálculos com números maiores. Assim como no jogo do boliche, essa atividade também proporcionou que a turma ampliasse seus conhecimentos sobre as expressões numéricas e a multiplicação.
Registro dos resultados: em cada jogo, a turma teve que registrar por escrito a pontuação obtida em cada jogada além de calcular o resultado final para ver quem ganhou. Eles discutiram coletivamente sobre quais foram os cálculos mais fáceis e os mais difíceis.
Intervenção da professora: enquanto a turma jogava, Luciane passava entre as duplas para ajudar as crianças a lembrar das regras do jogo. Em alguns momentos, eles tiveram que explicar à professora e aos colegas qual foi a estratégia utilizada para resolver o cálculo.
Resolução de situações problemas: depois que todos já sabiam jogar dados, boliche e argolas, a professora propôs diferentes situações problemas envolvendo o contexto dos jogos para serem resolvidos individualmente, em grupos e duplas. Os alunos com conhecimentos próximos trabalharam, juntos.
Desafios para o colega resolver: No passo seguinte, cada aluno teve de elaborar situações problemas
utilizando o contexto dos jogos para que um colega resolvesse. Enquanto
produziam os enunciados, a professora alertava que é preciso garantir
que o texto traga todas as informações necessárias para que o outro
possa solucionar a atividade.
Novo diagnóstico para ver os avanços e desafios: Para encerrar a sequência, a professora repetiu o diagnóstico
inicial para ver o quanto a turma evoluiu. Os avanços foram grandes.
Alguns alunos ainda precisam avançar. Mas todos passaram a resolver
desafios do campo aditivo com maior domínio e também começaram a usar a
multiplicação como estratégia.
Formação em serviço: Ao finalizar a sequência, Luciane compartilhou com os demais
professores da escola a sequência sobre cálculos no contexto dos jogos e
os resultados obtidos. O debate resultou em uma análise crítica, onde
todos destacaram as atividades e intervenções que mais gostaram e
aquelas que poderiam ser aprimoradas.
Fonte: http://novaescola.org.br/fundamental-1/galeria-matematica-como-trabalhar-estategias-calculo-jogos-matematicos-731029.shtml?utm_source=tag_novaescola&utm_medium=facebook&utm_campaign=mat%C3%A9ria&utm_content=link#ad-image-2
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