quarta-feira, 29 de junho de 2016

SEQUÊNCIA DIDÁTICA: MEIO AMBIENTE

Tema: Meio ambiente
 
1º momento: Falando sobre o assunto

Apresentação do livro de escolha para leitura, levantando observações sobre a educação ambiental e interpretação do texto lido. Fazendo intervenção para que percebam que a utilização dos recursos naturais vem sofrendo consequências das atitudes provocadas pelo homem. E que essas resultam consequências que poderão ser irreversíveis, se não fizermos algo. A preservação do meio ambiente precisa estar aliada a atitudes sustentáveis, por isso serão feitos questionamentos como:
- Como ter uma atitude de cuidado com o meio ambiente? 
- Qual a importância da natureza em nossas vidas?
- Que ações poderiam fazer para melhorá-la?
Para que isso seja resolvido é necessário instrução, para que tenhamos uma visão crítica e reflexiva de nossos atos, para que possamos melhorar o mundo que nos cerca. Para ilustrar o assunto assistirão a0 filme “Ambiente Saudável” (Turma da Mônica).

2º momento: Discutindo sobre coleta seletiva

1. Formação de um grande grupo;
2. Exposição de lixo seco no meio do grande grupo (o lixo deverá ter materiais que se agrupem em quantidades. Exemplo: (5 tampas plásticas, 5 garrafas PET, 5 caixas de suco longa vida, 5 potes de vidro, 5 copos descartáveis);
3. A sala já deverá estar previamente preparada;
4. Inicia-se a aula com um texto reflexivo, sobre meio ambiente, de escolha do professor, podendo ser uma notícia, artigo ou história sobre o assunto.
5. Será proposta a observação do lixo que está à frente, no centro do grupo;
6. Cada participante é convidado a escolher um dos elementos do lixo;
7. Distribuição em grupos de acordo com o lixo escolhido – o grupo das tampinhas, o grupo das garrafas, etc...
Serão levantadas as seguintes questões para análise em grupo:
- Tempo de decomposição;
- Impacto causado pela produção da embalagem;
- Análise do rótulo da embalagem;
- Qual o slogan do produto e apelo publicitário;
- Qual seria a opção para a reutilização do material.

3º momento: Hora da reflexão

Nesse momento os alunos deverão refletir sobre a localidade onde vivem levantar demandas e buscar soluções. Como exemplo, podemos destacar o deslocamento por meio de bicicletas e caminhadas para pequenas distâncias e o uso de sacolas próprias nas compras em supermercado. Será feito estudo com outras leituras com estatísticas, refletindo sobre o desperdício e situações problemas envolvendo tempo de decomposição dos lixos. Fazer levantamento dos produtos que utilizam embalagens plásticas, comparar um produto atual com tempos passados, de forma com que os alunos percebam que o descarte dessas embalagens no meio ambiente leva muitos anos para se deteriorarem, interferindo na qualidade ambiental. As indústrias optaram pelo uso de embalagens plásticas por serem mais baratas, com isso aumentam se os benefícios e socializam os custos com a população. Após esse estudo deve ser construída com os alunos uma tabela com os anos que representam o tempo de decomposição de cada tipo de objeto e demonstrar através de gráfico, também confeccionado juntamente com os alunos. Produzir e resolver situações problemas focando operações aritméticas, medidas e grandezas.

4º momento: Usando tecnologia para aprender

Conversa informal sobre o assunto “POLUIÇÃO”, discussão e levantamentos de hipótese e possibilidades. Após a reflexão será feito a releitura do livro “A POLUIÇÃO TEM SOLUÇÃO” focando as formações de frases. Atividades relacionadas à coleta seletiva, as lixeiras correspondentes de acordo com as cores indicadas e utilização de computadores para pesquisas e jogos educativos.

5º momento: Sensibilizando através da música

1. Serão apresentados diferentes estilos musicais e canções consagradas para que os alunos possam se inspirar. Músicas de conscientização como “Planeta Água” e “Herdeiros do Futuro” com o objetivo de conscientizar sobre a importância do uso dos recursos.
2- O professor irá propor atividades relacionadas às letras das músicas fazendo interpretação textual.
3- Será feita lista com ações de conscientização que podem ser aplicadas no nosso dia a dia com foco na ortografia.
4- O professor irá propor que se ilustre as letras das músicas utilizando figuras com peças do tangram.

6º momento: Organização em grupo

1. Os alunos deverão preparar uma peça de teatro sobre “educação ambiental”, que será apresentada para as outras turmas do Ensino Fundamental.
2. Os alunos serão divididos em grupos, e cada um escolhe como vai atuar: direção, figurino, produção, divulgação, encenação ou trilha sonora. (Todas as atividades terão a orientação do professor).
3. Serão disponibilizados horários específicos para os ensaios e para as demais equipes executarem suas atividades (produção de brinquedos e objetos com sucatas).
4. Será proposta pelo professor uma produção textual, na qual serão abordadas possíveis soluções para o problema do lixo. (acróstico, paródia, sequência de cenas ou utilizar outra metodologia).
5. Os alunos serão orientados a pesquisar outras obras e textos que abordem a questão do cuidado com o meio ambiente.

7º momento: Apresentação cultural

Nesse momento os alunos irão expor seus trabalhos, representando o que aprenderam de maneira cênica, exposição em stands com objetos e brinquedos produzidos com sucatas. Utilizarão ainda os jogos e brinquedos feitos com material reutilizado para brincarem, promovendo um momento de lazer e interação.
 
Fonte: http://iunaeduc.blogspot.com.br/2014/12/sequencia-didatica.html

terça-feira, 28 de junho de 2016

PRINCIPAIS ELEMENTOS QUE DEVEM ESTAR PRESENTES NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Abaixo, veja um infográfico com os principais elementos que devem estar presentes em uma sala de Educação Infantil para que nesse ambiente a aprendizagem de leitura e escrita ganhe sentido.


1) Cantinho da leitura
Esse espaço bastante comum nas salas de Educação Infantil reúne livros, revistas e gibis em estantes, que devem estar na altura das crianças para que todo o acervo fique a seu alcance. Seu uso constante é essencial para o desenvolvimento de comportamentos leitores nas crianças.


2) Estante de objetos pessoais
A marcação dos objetos pessoais estimula a criança a identificar o nome dela e o dos colegas com a finalidade de encontrar seus pertences.


3) Alfabeto
O alfabeto na parede é uma referência para as crianças identificarem a escrita das letras e notarem a ordem alfabética. Costuma-se adotar a letra bastão maiúscula em sua grafia porque ela individualiza melhor os caracteres, facilitando o reconhecimento deles.


4) Alfabeto móvel
O alfabeto móvel será utilizado pelas crianças para compor escritas diversas, de modo individual ou em duplas.


5) Alfabeto de mesa
A cartela é mais um suporte para a escrita das crianças e funciona como uma miniatura do que já está colocado na parede, facilitando o manuseio.


6) Lista de nomes
É essencial que a lista com os nomes da turma fique em um lugar visível da sala e não possua nenhum atributo, como cor diferente para as letras. A disposição dos nomes, um embaixo do outro, também é importante, pois permite comparações em relação à quantidade e à ordem das letras.


7) Lista de atividades
A lista tem a função de compartilhar com a turma qual será a rotina do dia. As brincadeiras que serão feitas no parque ou contos e autores que as crianças estão lendo também podem ser escritos em cartazes.


8) Calendário
Com dia, mês e ano, o calendário pode ser utilizado para indicar quem são os aniversariantes do mês. Com base nessa informação, o professor pode propor diversas atividades, como a confecção de um cartão de aniversário.


9) Parlendas
Decoradas pelas crianças, que as cantam com o professor em atividades e brincadeiras, as parlendas, cantigas e quadrinhas podem ajudar os pequenos a fazer o ajuste entre o oral e o escrito. Por isso, é interessante deixar expostas as mais conhecidas pela turma para servir de referência em situações de leitura.

Fonte: http://novaescola.org.br/nome-proprio/atividades.shtml

segunda-feira, 27 de junho de 2016

LITERATURA DO 1º AO 5º ANO: AJUDE OS ALUNOS A LER COM AUTONOMIA

O início do Ensino Fundamental é essencial para os alunos desenvolverem autonomia e continuarem seu percurso para se tornar leitores. Nesta etapa, o melhor é estimular a troca de livros e de opiniões sobre o que se lê.

São nos anos iniciais do Ensino Fundamental que o aluno começa a construir sua autonomia como leitor. Para isso, é importante intercalar a leitura feita pelo professor com momentos em que todos devem ler sozinhos tanto na escola como em casa. Mas nada de resumos e questionários padronizados para testar os estudantes. Mais produtivo, para quem quer formar leitores, é organizar rodas para o compartilhamento de opiniões, propor trocas de livros entre os colegas e incentivá-los a seguir um autor ou um tema de que gostem.  

Por que ler
Se os estudantes já estão habituados às rodas de leitura e têm contato com os livros, cabe ao professor do 1º ao 5º ano começar a colocá-los em contato com textos mais complexos para ampliar a familiaridade com a literatura. "Que tal selecionar um romance que prenda a atenção da turma e ler um capítulo por dia?", sugere Regina Scarpa, coordenadora pedagógica de NOVA ESCOLA. Numa fase da vida (e da escolarização) em que é preciso dar espaço para que as crianças ganhem autonomia e consigam ler sozinhas com mais facilidade, perder o medo dos livros maiores é fundamental - e o mesmo vale para os gêneros considerados mais difíceis, como a poesia.  

Quem lê
Além do professor, as crianças (mesmo ainda não plenamente alfabetizadas) devem ser estimuladas a ler. No contato pessoal com os livros, elas começam a desenvolver a autonomia - e isso só se faz lendo. Em classe, é possível também organizar atividades em duplas e, claro, discussões coletivas sobre as obras. 

Como ler
Do 1º ao 5º ano, é importante criar uma comunidade de leitores em classe - ou seja, espaços em que todos tenham a chance de participar e opinar. Em seus livros, Delia Lerner sugere "desenvolver, em cada ano escolar, atividades permanentes ou periódicas concebidas de tal modo que cada um dos estudantes tenha a possibilidade de ler uma história para os demais ou escolher um poema para ler aos colegas". Outra sugestão é incentivar os alunos a trocar livros e indicações de autores. Eleger um tema de interesse comum (piratas ou histórias de terror, por exemplo) e ler vários textos desse tipo também costuma funcionar.

Quando ler
O ideal é que a rotina diária inclua momentos de leitura em aula e que os alunos sejam incentivados a levar exemplares para ler em casa - por hobby mesmo, sem que isso vire uma tarefa obrigatória.

Onde ler
"Não há leitor que só goste de ler num único lugar. Ele lê na cama, no sofá, no chão, na mesa do café... Por que na escola isso seria diferente?", indaga o professor de Literatura João Luís Ceccantini, da Unesp. Variar os ambientes de leitura deixa o ato de ler menos previsível. Aproveite o pátio, a grama, a sombra de uma árvore, a sala de leitura...  

O que ler
Na hora de escolher os livros, fique atento ao conteúdo, evite obras moralistas ou politicamente incorretas e valorize a qualidade da edição (ilustrações, linguagem etc.). É importante trabalhar com textos de gêneros variados e a lista deve incluir obras clássicas e contemporâneas.

Os erros mais comuns

- Transformar a leitura numa atividade entediante.
Quando a literatura faz parte de uma tarefa burocrática e obrigatória, muitas crianças se afastam dela.

- Avaliar a leitura por meio de provas e resumos.
Evite os questionários. Ampliar os debates sobre os textos ajuda a aumentar o envolvimento da turma.

- Ignorar os gostos de cada um.
É nessa fase da escolarização que começam a se consolidar as preferências pessoais. E isso tem de ser respeitado e aproveitado.

Fonte: http://novaescola.org.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/literatura-1o-ao-5o-ano-ajude-alunos-ler-autonomia-583986.shtml?page=0


sábado, 25 de junho de 2016

AS ATIVIDADES COM NOME PRÓPRIO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Chamada, leitura de listas, escrita e brincadeiras: explore todo o potencial dos nomes na alfabetização

As atividades com o sistema de escrita na Educação Infantil precisam ser diversificadas e oferecer novos desafios às crianças, potencializando seu aprendizado (abaixo, veja uma lista com oito atividades para turmas de 4 e 5 anos). Diana Grunfeld, especialista em didática da alfabetização e membro da equipe de coordenação da Rede Latino-americana de Alfabetização, explica que isso é essencial para que tanto o aspecto figural (forma e direção das letras) como o conceitual (combinação das letras) sejam desenvolvidos. Por essa razão, o trabalho deve variar entre situações de leitura e de escrita.

As primeiras são essenciais para ajudar as crianças a perceber semelhanças e diferenças entre os nomes, como quantidade e disposição das letras e sua relação com os sons. Com base nesse modelo estável, elas conseguem estabelecer comparações para tentar ler outras palavras. “Em contato com o nome próprio, as crianças notam a regularidade da forma dele e entendem que a escrita fixa a língua falada. Toda vez que elas reencontram seu nome, percebem que ele tem sempre as mesmas letras. Essa estabilidade do sistema é muito importante, porque é um ótimo campo de reflexão e aprendizagem”, diz Beatriz Gouveia.

As situações de escrita apresentam outros desafios aos pequenos, como a grafia das letras, uma por uma, até construir a palavra completa. Essa fase começa com a cópia do modelo com o nome, que fornece informações sobre a forma convencional das letras e a direcionalidade da escrita.

Oito atividades para as turmas de 4 e 5 anos:


1. Apresentação dos nomes


Desenvolvimento: Depois de produzir os crachás com o nome das crianças, o professor deve apresentar um por um a toda a turma. Dessa forma, os pequenos passam a ter contato com a escrita convencional do nome delas e também do de seus colegas. Nesse dia, o docente também pode pedir às crianças para perguntar a seus pais por que eles escolheram esse nome e, em sala, compartilhar com os amigos.

O que as crianças aprendem: Com as mesmas características gráficas (tamanho, cor, fonte e alinhamento), os cartões levam as crianças a prestar atenção apenas nas letras que os compõem, na quantidade delas e na ordem em que estão dispostas. Assim, elas desenvolvem critérios para reconhecer semelhanças e diferenças entre as palavras. A apresentação da história do nome também permite o desenvolvimento de uma discussão sobre identidade, na qual as crianças refletem sobre a função social dessa palavra.

2. Chamada

Desenvolvimento: Por que não usar esse momento para desenvolver uma situação didática de leitura de nomes? Para que os desafios variem, é importante pensar em diversas formas de realizar a chamada. Uma delas é cantar parlendas conhecidas pelas crianças, como “Quem foi que comeu pão na casa do João”, e pedir que elas identifiquem o próprio crachá no meio da roda. O professor pode aumentar a dificuldade propondo que o nome identificado seja o de um colega. Outra possibilidade é encobrir parte do nome e perguntar de quem pode ser aquele.

O que as crianças aprendem: A chamada trabalha, sobretudo, com a identificação dos nomes pelas crianças. O desafio é que elas utilizem tudo o que já sabem para diferenciar as palavras. Com o avanço dos pequenos, o professor pode propor reflexões mais específicas, destacando apenas as letras iniciais e finais, o tamanho dos nomes, a ordem das letras e suas combinações. 

3. Brincadeiras

Desenvolvimento: Uma das brincadeiras mais comuns com as turmas de Educação Infantil é o jogo da memória. Com as fotos e o nome das crianças, o professor pode montar cartões, que ficam em uma mesa virados para baixo. Para jogar, os pequenos devem virar dois a cada rodada e associar a imagem ao nome do colega. Outra possibilidade é o faz de conta de carteiro. Vestida com um colete e carregando uma bolsinha com crachás com os nomes da turma, uma das crianças recebe o desafio de entregar o cartão correspondente a cada colega.

O que as crianças aprendem: Brincar faz parte da rotina das crianças. Por isso, a incorporação do nome próprio a atividades lúdicas na sala de aula é interessante, desde que não tire toda a graça da brincadeira. Além de se divertirem nas atividades exemplificadas acima, os pequenos precisam reconhecer o próprio nome e também o dos colegas para poder brincar.
4. Comparação entre nomes parecidos

Desenvolvimento: O professor forma pequenos grupos e convida as crianças a encontrar nomes que comecem ou terminem como o seu, como Rafael/Miguel, Leonardo/Luiza e Maria Eduarda/Maria Clara. De conjunto em conjunto, o docente questiona o que as palavras têm em comum e o que têm de diferente, pedindo aos pequenos que justifiquem suas respostas.

O que as crianças aprendem: Analisar outros nomes com base no seu estimula as crianças a refletir sobre semelhanças e diferenças entre as palavras de maneira mais detalhada. Essa atividade abre grandes chances de eles também memorizarem as especificidades da escrita do próprio nome e também do de seus colegas. Os pequenos grupos possibilitam intervenções mais pontuais do professor, que adequa os apontamentos aos saberes de cada um.

5. Bingo de nomes

Desenvolvimento: A lógica do bingo de nomes é a mesma do jogo com números. Cada criança recebe uma cartela feita pelo professor com alguns nomes da turma (de quatro a oito). A cada rodada, o docente sorteia um e pede que os pequenos o procurem no cartão. Após um tempo, escreve na lousa para que ninguém esqueça quais já foram falados. A primeira criança que conseguir identificar todos os nomes de sua cartela ganha a brincadeira. Para aumentar o desafio da atividade, o professor pode escolher nomes muito parecidos entre si.

O que as crianças aprendem: A atividade auxilia no reconhecimento do nome dos colegas. Quanto mais semelhantes forem as palavras entre si, mais critérios de comparação as crianças terão de estabelecer para poder identificar o que foi sorteado.

6. Forca de nomes

Desenvolvimento: Depois de eleger o nome de uma das crianças da turma, o professor pede que os pequenos digam as letras que eles acham que compõem a palavra. Quando uma delas estiver correta, o docente a escreve na lousa. Caso esteja errada, ele desenha uma parte do corpo do boneco que está com a corda no pescoço.

O que as crianças aprendem: Diferentemente do bingo, que tem como objetivo desenvolver o reconhecimento dos nomes por completo, a forca trabalha com a escrita do nome sabendo quantas letras ele possui. Nessa atividade, as crianças precisarão saber como cada uma delas se chama, antecipando o nome possível. 

7. Escrita de nomes

Desenvolvimento: Na Educação Infantil, as crianças costumam realizar diversas atividades de desenho e pintura. Para diferenciar as produções de cada uma, o professor costuma pedir à turma que nomeie todo trabalho que fizer. Essa ação pode ser feita com base na cópia de um modelo ou sem nenhum suporte, caso a criança já saiba escrevê-lo. 

O que as crianças aprendem: A escrita do nome sempre deve ter um sentido, porque ninguém costuma escrever uma palavra à toa várias vezes. Por isso, esse tipo de atividade não pode ser visto como algo restrito à escola, mas como uma ação comum na vida real – e nada mais corriqueiro do que identificar aquilo que lhe pertence. Além de incentivar a reflexão sobre a função social da escrita, atividades como essa permitem à criança treinar o traçado das letras, sua posição e a direcionalidade da escrita convencional, da esquerda para a direita.

8. Leitura e escrita de listas

Desenvolvimento: Depois de checar quem está na sala, o professor pode pedir aos alunos que anotem no quadro o nome dos ausentes. A lista poderá ser utilizada para a merendeira saber quanto de comida deverá fazer ou para registrarem numa folha o nome de quem faltou. Outra possibilidade é pedir às crianças que identifiquem na lista de chamada quais serão os ajudantes do dia, que podem ser escolhidos pelo professor seguindo a ordem alfabética.

O que as crianças aprendem: É preciso ter clareza sobre os propósitos dessas atividades. Nas primeiras, as crianças são convidadas a reconhecer os nomes e a compará-los. Dessa forma, elas podem observar a quantidade de letras nas palavras, a ordem alfabética e refletir sobre a função desse gênero textual, que destaca palavras de um mesmo grupo temático. Nas atividades de escrita, as crianças desenvolvem a grafia e direcionalidade da escrita durante a cópia.

A professora Maristela Ribeiro da Silva organizou no início do ano um conjunto de atividades para realizar com sua turma de 4 anos na EMEI Maria Alice Pasquarelli, em São José dos Campos, a 94 quilômetros de São Paulo. “Planejei atividades nas quais o mote era fazer com que as crianças passassem a reconhecer e produzir o próprio nome e, depois, o nome dos colegas”, diz Maristela.

O trabalho começou com a produção de crachás com o nome das crianças, que são usados em diversas situações. Uma delas é a chamada, que é feita de maneira diferente a cada dia. Uma das formas, por exemplo, é pedir que os pequenos procurem o seu cartão no meio da roda quando chamados. Os crachás que sobram ajudam a turma a produzir uma lista dos colegas que estão ausentes no dia. O cartão pode ter também utilidade nas atividades de escrita: as crianças que ainda não sabem grafar a palavra utilizam a ficha como modelo.

Em outras situações, Maristela estimula os alunos a identificar a letra inicial dos nomes. “Em uma lista, coloquei os nomes em ordem alfabética e perguntei aos pequenos com qual letra começava o primeiro da lista. Aos poucos, eles começaram a identificar que era a letra A, de Ana, e assim por diante”, diz. Com essa atividade, a professora tinha o objetivo de fazê-los refletir sobre a importância da letra inicial para a ordenação dos nomes.

Maristela pretende que, ao final do semestre, todos os alunos saibam escrever o próprio nome e também o dos colegas. Mesmo assim, essas palavras não desaparecerão da rotina em sala de aula, uma vez que os pequenos continuarão identificando seus trabalhos e utilizando os nomes como referência para ler ou escrever novas palavras.

Uma das atividades que a professora já realiza com esse objetivo é a produção de uma lista dos brinquedos trazidos pela turma para a escola. “Eu pergunto às crianças como é que se escreve carrinho. ‘É com o CA da Carol’, elas respondem e escrevo na lousa. Em seguida pergunto qual é a primeira letra desse nome. ‘É com C’, falam”, conta Maristela. Dessa forma, as crianças começam a utilizar em diferentes contextos o que já aprenderam sobre o sistema de escrita. “Isso vai ajudando-as a observar que o nome não é um todo apenas, mas é composto de diferentes partes que também existem em outras palavras”, explica Andréa Luize, coordenadora do Núcleo de Práticas da Linguagem da Escola da Vila, em São Paulo.

Sala de aula alfabetizadora

Diferentemente do que se pensa, a escola não é a porta de entrada para o aprendizado do sistema de escrita. Em casa e em outros ambientes, as crianças ficam expostas desde muito cedo a diversas práticas de leitura e escrita, como bilhetes, correspondências, canções e histórias. Até mesmo os pais chegam a ensinar os filhos algumas letras do alfabeto, principalmente as do nome dele.

No entanto, é na escola que todo esse conhecimento é organizado e o processo de aquisição da escrita é feito de forma sistemática e significativa.

Para que esse trabalho seja efetivo, o professor deve propor situações que levem as crianças a ler e escrever diariamente. Então, se a chamada da turma é feita todos os dias, por que não expor uma lista com o nome de todos os pequenos na parede da sala e recorrer a ela sempre que necessário? Dessa forma, além de ser uma referência a qualquer momento, os nomes ficam à disposição do professor para planejar diferentes atividades.



Fonte: http://novaescola.org.br/nome-proprio/atividades.shtml

quinta-feira, 23 de junho de 2016

20 ESTRATÉGIAS ESCOLARES PARA CRIANÇAS COM TDAH

Uma criança com TDAH  pode apresentar dificuldades de aprendizagem, déficits de percepção visual, auditiva, na sua capacidade para responder, na sua memória, na sua organização espacial, na sua lateralidade, sua capacidade de análise e síntese, etc. Estas áreas influem no desempenho na leitura, e da escrita, portanto algumas estratégias devem ser adotadas em sala de aula para que esta criança obtenha o interesse em participar das ações escolares e consequentemente seja motivada a estudar.

1) Incrementar a imediata correlação entre prêmios e consequências.

2) Quando não se comporta adequadamente na sala de aula, recomenda-se que se dê um tempo para meditar sobre o que fez (time out).

3) Aconselha-se supervisão nos recreios e horários livres.

4) Tentar evitar críticas e “sermões”. É preferível chamar-lhe a atenção de uma forma prudente e calma quando ela não tiver se comportando corretamente.

5) Reforçar seu comportamento positivo com cumprimentos, reconhecimentos, etc.

6) Sentá-la próximo da professora ou de algum colega que possa ser visto como um líder positivo.

7) Firmar um “contrato de comportamento positivo” com ela, incluindo aquelas condutas que estão ao seu alcance.

8) Motiva-la quando consegue reprimir um impulso, por exemplo, na sala de aula, quando consegue levantar a mão para responder ao invés de responder impulsivamente.

9) Orientar a atenção da criança que tem Déficit de atenção para a tarefa que será iniciada. É importante ajuda-la a descobrir e selecionar a informação mais importante, organizá-la e sistematizá-la.

10) É necessário dar a ela regras consistentes sobre o que deve fazer; as instruções devem ser parceladas. Em alguns casos é conveniente enumerar as instruções para que seja mais fácil para elas segui-las.

11) As rotinas de trabalho devem ser claras. Devem ser evitadas, na medida do possível, variações imprevistas.

12) Não é conveniente fazer atividades com limites de tempo. Isto pode favorecer condutas impulsivas.

13) Permitir um tempo extra para completar seus trabalhos.

14) Encurtar períodos de trabalho de modo a coincidirem com seus períodos de atenção.

15) Dividir os trabalhos que lhes sejam dados em partes menores de modo que elas possam completá-los.

16) Entregar os trabalhos um de cada vez.

17) Reduzir a quantidade de deveres de casa.

18) Dar instruções tanto orais como escritas.

19) Estabelecer sinais secretos entre a criança e o professor para poder fazê-lo notar quando está começando a se distrair.

20) É importante que estas crianças que têm Déficit de atenção ou TDAH estejam em ambientes de trabalho motivadores, com tarefas que sejam significativas para elas. Deve-se atrair o seu interesse e apresentar a ela tarefas que sejam desafiantes. Existia a crença que seria conveniente que crianças com Déficit de atenção ou TDAH estivessem em ambientes de trabalhos com poucos estímulos porque tudo lhes chamava a atenção; no entanto, agora se sabe que é importante proporcionar-lhes uma estimulação adequada, num ambiente que seja estimulante para estas crianças.

Fonte: http://www.ganhesempremais.com.br/psicopedagogia/20-estrategias-escolares-para-criancas-com-deficit-de-atencao-ou-tdah/

quarta-feira, 22 de junho de 2016

INTERVENÇÕES DO PROFESSOR: COMO ATENDER ÀS DEMANDAS REAIS DE APRENDIZAGEM

Assista a um vídeo com os desafios de trabalhar o nome próprio com uma turma da Educação Infantil 

Durante uma aula, a professora Alaide Nicoletti Deyrmendijan, da EMEI Dr. José Augusto, em São Paulo, pediu às crianças que assinassem o cartão de aniversário feito para presentear uma colega. Enquanto todos trabalhavam, ela caminhou pela sala e viu que Raul havia escrito seu nome da direita para a esquerda com rotação das letras R e L: . Ao lado do menino, Alaide propôs que ele lesse o que estava escrito e comparasse com seu crachá. Aos poucos, Raul percebeu que, para escrever uma palavra em nossa língua, é necessário respeitar uma ordem determinada: da esquerda para a direita. Assista ao vídeo com mais casos dessa turma abaixo.

Além de planejar atividades com objetivos claros, o professor alfabetizador deve saber como suas intervenções podem ajudar a criança a refletir sobre o sistema da escrita. “Por mais poderosa que seja uma situação didática, quando não está acompanhada de intervenções adequadas, ela inevitavelmente perde seu potencial. Por isso, é desejável planejar uma série de possíveis intervenções de acordo com as respostas das crianças”, diz Diana Grunfeld, especialista em didática da alfabetização e membro da equipe de coordenação da Rede Latino-americana de Alfabetização.

Não são apenas os alunos com dificuldade que devem receber a atenção do professor. Aqueles que já conseguem identificar e escrever seu nome, sem a ajuda do modelo, precisam ser constantemente desafiados. Caso contrário, a turma corre o risco de sofrer com o “fenômeno da homogeneização”, descrito por Diana no artigo “La intervención docente en el trabajo con el nombre proprio – Una indagación em jardines de infantes de la Ciudad de Buenos Aires”. Quando isso ocorre, o professor não leva em consideração a heterogeneidade dos saberes dos pequenos para planejar as atividades. Se já escrevem o próprio nome, por que não propor que comecem a escrever o de seus colegas? Dessa forma, todos podem avançar.

Intervenções bem planejadas

É preciso ter conhecimento do que os alunos já sabem para promover discussões mais significativas durante as atividades. “Caso contrário, as intervenções do professor serão pautadas em suposições, e não nas reais demandas e saberes deles”, explica Andréa Luize, coordenadora do Núcleo de Práticas de Linguagem da Escola da Vila, em São Paulo. Ao propor que a turma encontre determinado nome em meio a uma lista, por exemplo, é importante perguntar às crianças como chegaram àquela conclusão. Nessas situações de leitura e identificação, o professor pode utilizar as respostas inadequadas para incentivar a verificação e a reformulação das suas ideias iniciais.

Em atividades de escrita do nome, é essencial estabelecer um clima de segurança na sala. Aqueles que ainda não sabem escrever poderão copiar de um modelo, com calma e no seu tempo. Se a criança tiver dificuldade em grafar as letras, o professor pode ajudá-la a prestar atenção em seu traçado. Quando as crianças esquecem as letras que querem escrever, é interessante encorajá-las a procurar no alfabeto da classe.

Como avaliar o que as crianças já aprenderam?

Para saber se as intervenções estão contribuindo para o processo de aprendizagem, a única maneira é observar a turma. “O professor que propõe atividades de análise do sistema de escrita com regularidade não precisa de avaliação externa. Ele consegue fazer o mapeamento por acompanhar a turma diariamente”, diz Beatriz Gouveia, coordenadora de projetos do Instituto Avisa Lá e professora da pós-graduação em Alfabetização do Instituto Superior Vera Cruz.

Foi o que fez Aline Lima, professora da turma de 5 anos da Escola de Educação Básica e Profissional Embaixador Expedito de Freitas Resende, em Teresina. Depois de cada atividade com nome próprio, ela registra pautas de observação e analisa o que as crianças já conseguem fazer e no que enfrentam mais dificuldades. Ela organiza um portfólio para cada aluno e acompanha sua evolução. Além de avaliar o que já foi aprendido, Aline consegue planejar as próximas ações e apresentar novos desafios aos pequenos.

Fonte: http://novaescola.org.br/nome-proprio/intervencoes.shtml?utm_source=tag_novaescola&utm_medium=facebook&utm_campaign=mat%C3%A9ria&utm_content=link

terça-feira, 21 de junho de 2016

JOGO CONTRA O BULLYING

Usar jogos como estratégia de ensino podem ensinar, e muito, sobre diversos temas e ajudar no combate à indisciplina.

Izadora Perkoski, psicóloga e pesquisadora do Laboratório de Avaliação e Desenvolvimento de Jogos Educativos (LADEJE) da Universidade Estadual de Londrina (UEL), acredita que é possível criar jogos que sejam divertidos e eficientes ao mesmo tempo. Com essa proposta, desenvolveu o Jogo do Espião em seu mestrado na UEL. O objetivo é incentivar crianças de 8 a 11 anos a reconhecer e combater práticas de bullying nas salas de aula.

Para jogar,  tem-se um tabuleiro e cartas que indicam se o participante deve avançar ou retroceder.


Cartas de nível 1 (amarelas): apresentam apenas os conceitos básicos sobre o bullying  diferentes pontuações para seguir em frente no jogo.



As do próximo nível 2 (vermelhas): mostram um trecho de história, que deve ser completado pela criança com outra carta que seja a mais adequada entre as opções.



 Cartas de nível 3 (verdes): retratam uma situação em forma de diálogo em primeira pessoa, colocando o jogador no centro da ação sobre como se posicionar frente ao bullying.



Cada resposta condiz a uma pontuação diferente indicada nas instruções.

A opção por um jogo analógico - que utiliza peças físicas - foi feita por uma questão pedagógica, já que o tabuleiro promove uma interação mais próxima dos estudantes. "O jogo permite o contato face a face, com maior probabilidade de, por exemplo, autorrevelação, na qual o aluno relate episódios de bullying pelos quais passou ou testemunhou", explica.

Para testar a eficiência do jogo no campo do aprendizado, foram realizados testes com crianças na faixa etária que pretendiam atingir. "Tivemos bons resultados em manter o engajamento dos jogadores por um período relativamente longo (quatro sessões de 50 minutos cada)", explica a pesquisadora. Já sobre a eficácia pedagógica, os resultados demonstraram que os estudantes passaram a identificar os casos de bullying e o que poderiam fazer para denunciar. Izadora aponta que o jogo passará ainda por novos testes antes de ser lançado comercialmente.

Fonte: http://revistaeducacao.com.br/textos/229/jogos-para-criancas-desenvolvidos-por-brasileiros-371124-1.asp