terça-feira, 21 de junho de 2016

JOGO CONTRA O BULLYING

Usar jogos como estratégia de ensino podem ensinar, e muito, sobre diversos temas e ajudar no combate à indisciplina.

Izadora Perkoski, psicóloga e pesquisadora do Laboratório de Avaliação e Desenvolvimento de Jogos Educativos (LADEJE) da Universidade Estadual de Londrina (UEL), acredita que é possível criar jogos que sejam divertidos e eficientes ao mesmo tempo. Com essa proposta, desenvolveu o Jogo do Espião em seu mestrado na UEL. O objetivo é incentivar crianças de 8 a 11 anos a reconhecer e combater práticas de bullying nas salas de aula.

Para jogar,  tem-se um tabuleiro e cartas que indicam se o participante deve avançar ou retroceder.


Cartas de nível 1 (amarelas): apresentam apenas os conceitos básicos sobre o bullying  diferentes pontuações para seguir em frente no jogo.



As do próximo nível 2 (vermelhas): mostram um trecho de história, que deve ser completado pela criança com outra carta que seja a mais adequada entre as opções.



 Cartas de nível 3 (verdes): retratam uma situação em forma de diálogo em primeira pessoa, colocando o jogador no centro da ação sobre como se posicionar frente ao bullying.



Cada resposta condiz a uma pontuação diferente indicada nas instruções.

A opção por um jogo analógico - que utiliza peças físicas - foi feita por uma questão pedagógica, já que o tabuleiro promove uma interação mais próxima dos estudantes. "O jogo permite o contato face a face, com maior probabilidade de, por exemplo, autorrevelação, na qual o aluno relate episódios de bullying pelos quais passou ou testemunhou", explica.

Para testar a eficiência do jogo no campo do aprendizado, foram realizados testes com crianças na faixa etária que pretendiam atingir. "Tivemos bons resultados em manter o engajamento dos jogadores por um período relativamente longo (quatro sessões de 50 minutos cada)", explica a pesquisadora. Já sobre a eficácia pedagógica, os resultados demonstraram que os estudantes passaram a identificar os casos de bullying e o que poderiam fazer para denunciar. Izadora aponta que o jogo passará ainda por novos testes antes de ser lançado comercialmente.

Fonte: http://revistaeducacao.com.br/textos/229/jogos-para-criancas-desenvolvidos-por-brasileiros-371124-1.asp 

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